O texto “a natureza da linguagem” se inicia introduzindo o problema da evidência em Descartes, que parte de uma suposta clareza e distinção sobre o sujeito pensante e sobre seus mecanismos de pensamento para atestar a indubitabilidade de suas conclusões acerca do pensamento. Na tentativa de validar as especulações sobre a mecanicidade do pensamento, o autor cita a visão de Newell e Simon, cientistas que abordam a inteligência pensante como coordenada por linguagens reduzidas à sistemas simbólicos ou processadores de expressão. A partir disso, estes cientistas traçaram correspondências e analogias entre a linguagem das máquinas inteligentes e a dos seres pensantes. O autor aponta-nos então as possíveis contradições desta correspondência, sendo as mais relevantes aquelas que alegam haver no processo de pensamento humano e no mundo exterior elementos que ultrapassam a capacidade de equivalência simbólica entre estes diferentes sistemas. Desta forma, se a quantidade de símbolos mundanos com suas contradições, ambivalências e representações abstratas não puder ter equivalência dentro do sistema simbólico binário, ou seja, de “sim” ou “não”, não será possível representá-los.
Em seguida, o texto faz especulações sobre outros modelos de oganização simbólica, em vista de aproximá-los do pensamento artificial. Retoma então a chamada “capacidade inata de pensamento”, presente em Platão e Fodor para investigar a existência de uma linguagem base do pensamento, inerente a todos e possível de ser lembrada. Tais teorias encontram dificuldades em explicar de forma suficientemente clara a relação entre lembrança e aprendizado e como uma pode ocorrer sem a ocorrência expressa da outra. Ainda na tentativa de encontrar um modelo cognitivo de pensamento suficientemente abrangente, o autor cita a rede inferencial como forma de organização de símbolos, mas a teoria se mostra igualmente incompatível com a idéia de traçar correspondências eficazes entre o mundo natural e cultural com suas inúmeras possibilidades e disposições de símbolos programados dentro de uma máquina.
Em seguida, o texto faz especulações sobre outros modelos de oganização simbólica, em vista de aproximá-los do pensamento artificial. Retoma então a chamada “capacidade inata de pensamento”, presente em Platão e Fodor para investigar a existência de uma linguagem base do pensamento, inerente a todos e possível de ser lembrada. Tais teorias encontram dificuldades em explicar de forma suficientemente clara a relação entre lembrança e aprendizado e como uma pode ocorrer sem a ocorrência expressa da outra. Ainda na tentativa de encontrar um modelo cognitivo de pensamento suficientemente abrangente, o autor cita a rede inferencial como forma de organização de símbolos, mas a teoria se mostra igualmente incompatível com a idéia de traçar correspondências eficazes entre o mundo natural e cultural com suas inúmeras possibilidades e disposições de símbolos programados dentro de uma máquina.